Coaching Financeiro: o que significa riqueza para você?
Hoje quero relatar um fato muito marcante e cada vez mais frequente em nossos programas de coaching financeiro e que - ao meu ver - merece uma ampla reflexão sobre o sentido que algumas pessoas dão as suas vidas, principalmente diante de um cenário cheio de incertezas econômicas como agora, onde tudo parece ser extremamente superficial.
Programa de Coaching Financeiro G9
Percebendo a enorme quantidade de pessoas que não se sentiam totalmente realizadas em relação às dimensões financeira e profissional de suas vidas, há cerca de 5 anos atrás, eu e o professor Carlos Eduardo de Athayde Guimarães desenvolvemos um programa voltado para a melhoria da qualidade de vida baseado no emprego de técnicas de coaching financeiro.
A ideia inicial era demonstrar que é possível mudar para melhor a situação financeira de qualquer pessoa a partir do simples despertar individual, ou seja: da conscientização sobre a importância do pensamento livre e dos bons hábitos (uso racional e planejado do dinheiro) para a conquista de objetivos materiais.
Em síntese, a metodologia proposta se dividia em três pilares fundamentais:
- coaching comportamental: identificação de crenças, hábitos e atitudes limitantes capazes de bloquear e/ou impedir avanços e, consequentemente, de gerar resultados positivos;
- coaching financeiro: apresentação de conteúdos e recursos técnicos básicos, porém, imprescindíveis para elaboração de uma estratégia personalizada e voltada para a realização de objetivos pessoais;
- sessões coletivas e individuais.
O primeiro grande desafio foi desenvolver um instrumento capaz de avaliar simultaneamente questões subjetivas (ex. riqueza, satisfação com o trabalho, a importância das conquistas materiais, etc) e outras concretas (ex. orçamento doméstico e situação patrimonial) e, em seguida, transformar as respostas em indicadores de qualidade que pudessem servir de parâmetro de medida do grau de satisfação da dimensão financeira de cada participante.
Depois de muito estudo conseguimos criar uma ferramenta capaz de avaliar se o Estado Atual (EA) e o Estado Desejado (ED) da dimensão financeira* estavam alinhados. Tal informação - juntamente com outros resultados individuais - é o ponto de partida para a elaboração de um plano estratégico personalizado, voltado para quem busca no autoconhecimento a superação das suas dificuldades.
Desde então, temos aplicado esta metodologia com sucesso em projetos que envolvem grupos formados por pessoas dos mais variados perfis sócioeconômicos.
*Entenda-se por dimensão financeira o conjunto formado pelas dimensões profissional e material, foco do nosso programa.
O que, de fato, é riqueza?
Quando aplicamos o método pela primeira vez para um grupo de executivos de Londrina- Pr, praticamente todos os participantes descreveram riqueza como sendo algo tangível, material, com valor monetário definido e quantificado. Em resumo: a maioria associou riqueza àquilo que o dinheiro pode comprar e/ou proporcionar. E isso se repetiu ao longo dos 6 meses do curso, sem que grandes mudanças fossem observadas sobre este entendimento.
De lá para cá o mesmo aconteceu outras vezes e em diferentes cidades, notadamente com grupos formados por profissionais mais experientes (acima dos 40 anos), aparentemente realizados e satisfeitos com as suas escolhas pessoais.
Entretanto, nas sessões individuais, muitas vezes a história era outra: havia uma nítida inquietação no ar. Não raro as lágrimas e o silêncio dispensavam mais explicações. Era como se de repente "caísse a ficha" que o tempo passou e que muitos sonhos ficaram pelo caminho. A questão principal passava a ser: o que, de fato, é riqueza?
Primeiros Resultados
Após centenas de sessões acredito que - finalmente - estamos bem perto de chegar a uma conclusão inicial, no mínimo, intrigante:
Associar riqueza ao dinheiro é uma característica marcante das gerações passadas e que, definitivamente, está saindo de moda!
Essa constatação talvez seja um forte indicativo de que uma mudança profunda e muito positiva esteja acontecendo em relação aos mais jovens, considerando que, nestes grupos, observou-se exatamente o oposto.
Nota: é fundamental deixar claro que não existe "certo" ou "errado" em tais definições; tampouco nos cabe julgar as respostas apresentadas, afinal, a razão principal deste trabalho sempre foi e continuará sendo contribuir de forma PRÁTICA e RACIONAL para que mais pessoas alcancem os seus objetivos e sejam verdadeiramente felizes.
A Sabedoria das Novas Gerações
Recentemente um programa similar foi aplicado para um grupo de 60 jovens com idades entre 18 e 25 anos. Desde o primeiro encontro foi impossível não notar a diferença:
Quando perguntados sobre o que é riqueza a maioria nem sequer usou a palavra dinheiro em sua resposta.
Talvez os exemplos (e arrependimentos!) de pessoas próximas os tenham feito refletir melhor e concentrar seus esforços para aquilo que lhes permita conquistar coisas novas e melhores para suas vidas. É notório que o recurso TEMPO voltou a ser protagonista e que não vale a pena desperdiçá-lo para aquilo que não faz sentido.
Fica evidente que para as novas gerações o entendimento sobre riqueza tornou-se mais amplo. É o resgate do simples, do essencial, afinal, riqueza tem a ver com LIBERDADE e SUSTENTABILIDADE, que quando associadas à Educação e a informação de qualidade podem mudar o mundo e resgatar o VALOR DAS PESSOAS e daquilo que realmente importa para elas.
Esta experiência não deixa dúvidas da importância de encarar os desafios da vida de cabeça erguida, livre daquilo que nos foi passado como "verdade absoluta" e que, portanto, não pode ser questionado.
No início deste texto propusemos uma reflexão:
- por que a maioria das pessoas ainda não consegue ir atrás dos seus sonhos e deixar de lado as crenças que limitam o seu sucesso em todos os sentidos?
Por fim, vale lembrar que nada melhor que a chegada de um Novo Ano para deixarmos para trás tudo que já não nos serve mais.
Desejo muita RIQUEZA à você!
» Leia Agora: O empreendedorismo e a influência familiar