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Saia do vermelho! Veja como se proteger da crise e pôr as contas em dia

O pós-pandemia será lembrado como o período de uma das piores crises financeiras da História mundial e, certamente, a pior do período pós-estabilização do Brasil.

Embora muitos analistas considerem que a fase mais crítica já passou - caso a economia não volte a crescer logo - os trabalhadores que perderam seus empregos nos últimos meses terão muita dificuldade para conseguir uma recolocação, já que a recessão poderá se estender por bastante tempo.

Confira nossas orientações para se proteger da crise e pôr as contas em dia.

1) Quais as causas mais comuns do endividamento?

De modo geral, as dívidas têm origem em atitudes equivocadas em relação ao uso do dinheiro que nem sempre são percebidas de imediato, fato que costuma agravar a situação.

Nove entre dez pessoas que estiveram ou que estão endividadas, encontrarão nos motivos abaixo uma ou mais causas do problema:

  • descontrole orçamentário (receitas x despesas)
  • falta de planejamento (objetivos e metas)
  • dependência de uma única fonte de renda
  • imediatismo (o "EU" mereço!)
  • consumo compulsivo associado ao crédito fácil
  • influência do meio (sociedade, ambiente familiar e profissional)
  • imprevistos (ex. desemprego, acidentes, doenças e/ou falecimento do responsável pelo sustento do lar) 
  • fatores hereditários

2) Como conseguir melhores condições na negociação das dívidas?

O primeiro passo é fazer um levantamento pormenorizado de todas as dívidas, indentificando o saldo devedor de cada uma delas, a quantidade de parcelas a vencer e a taxa efetiva de juros que está sendo cobrada pelo credor. Além disso, é fundamental que o endividado faça uma análise da sua capacidade de pagamento, ou seja, quanto dinheiro terá mensalmente para saldar os compromissos após ter pago as despesas fixas pessoais e domésticas.

É importante lembrar que - sem este balanço preliminar de receitas e despesas - dificilmente haverá uma negociação vantajosa para o devedor, pois qualquer acordo deve ser precedido deste levantamento para que o valor das parcelas não comprometa o orçamento excessivamente, do contrário, a situação tende a se repetir.

Durante o período de restruturação financeira todo sacrifício é válido. O ideal é reduzir as despesas ao máximo e, se possível, conseguir algum rendimento extra. Pode ser um trabalho adicional temporário, promover um bazar daquilo que não usa mais ou qualquer outra atividade remunerada. Essa combinação certamente dará bons resultados.

Em seguida, o pagamento das dívidas que tiverem as maiores taxas de juros deve ser priorizado (ex: cartões de crédito e cheque especial).

Lembre-se:

Negocie ao máximo com o credor, seja ele um banco, uma financeira ou a administradora do cartão. Prefira acordos com as menores taxas de juros, pagamentos em parcelas fixas (curto e médio prazo) que 'caibam' no seu orçamento.

Outra opção interessante é trocar uma dívida cara por outra mais 'barata'. Por exemplo: contratar um empréstimo pessoal (que costuma ter taxas de juros menores) para quitar a dívida do cartão de crédito ou do cheque especial.

Finalmente, é fundamental se esforçar para não fazer novas dívidas até que a situação esteja normalizada, mesmo que para isso seja preciso fazer ajustes no estilo de vida ou - até mesmo - vender algum bem (ex. automável, imóvel, etc).

3) Se precisar de um empréstimo, qual a melhor opção para não "estourar" ainda mais o orçamento?

Se não houver outra opção, o melhor a fazer é pesquisar e recorrer a uma instituição financeira idônea e que ofereça o dinheiro mais barato, ou seja, com a menor taxa de juros e ainda, que ofereça ampla possibilidade de renegociação, inclusive prevendo desconto para pagamentos em dia e antecipações.

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4) Quais os principais direitos dos endividados?

Basicamente, os direitos dos endividados são:

  • Direito à informação: saber exatamente o que está sendo cobrado (as taxas de juros efetivas e totais que estão sendo aplicadas), o porquê da cobrança, as possibilidades de negociação existentes, os prazos e opções de pagamento disponíveis e as implicações caso a dívida não seja quitada no prazo determinado;
  • Direito à contestação: consiste na possibilidade de verificar a conformidade da cobrança com as regras do CDC (Código de Defesa do Consumidor).

Em última análise, diante da impossibilidade de solução amigável, a saída será recorrer à Justiça.

5) O que é melhor: pedir empréstimos ao banco ou usar o cheque especial?

As taxas cobradas nos empréstimos pessoais costumam ser menores que as praticadas na modalidade cheque especial. Contudo, é importante que o consumidor tenha conhecimento das diferentes taxas existentes ANTES de contratar o empréstimo, pois os custos variam muito e levam em conta o histórico do cliente, o perfil financeiro, a capacidade de pagamento, o tempo de relacionamento com a instituição, as fontes de renda disponíveis, dentre outros aspectos.

6) Quais as dicas básicas para manter a saúde financeira em dia?

Viver com simplicidade e de acordo com a nossa realidade financeira é uma dica que nunca sairá de moda. Para tanto, basta DISCIPLINA. Além disso, convêm ficarmos atentos às oportunidades de investimento que surgem diariamente.

Por fim, cabe destacar que manter o orçamento sob controle é essencial para a qualidade de vida e, portanto, não pode ficar para depois.

Até a próxima!

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