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Plano B: quando as coisas não saem conforme o planejado

Nem sempre as coisas saem conforme o planejado. No campo pessoal ou na vida profissional muitas vezes temos que mudar de rumo.

Admitir que a hora do Plano B chegou requer humildade e, acima de tudo, coragem. Reconhecer que é preciso fazer algo diferente é tão difícil quanto encarar os fatos e enfrentar as cobranças que virão de todos os lados, principalmente de nós mesmos!

Muitas pessoas abrem mão dos seus sonhos por medo de fracassar ou, simplesmente, por não conseguirem sair da zona de conforto. O fato é que somente quem arrisca alcança seus objetivos.

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Caso Comentado

João (nome fictício), um executivo de 40 anos, casado e pai de dois filhos, certo dia decidiu largar o emprego de gerente de uma multinacional para abrir um negócio próprio. Cansado da rotina de cobranças e da falta de tempo para estar com a família, imaginou que empreendendo tudo seria diferente. Com o dinheiro do acordo e mais algumas economias, comprou uma franquia de uma rede de lavanderias.

Acostumado a receber seu salário pontualmente no início de cada mês - além da ampla cesta de benefícios típica das grandes organizações - não demorou muito para que João sentisse que no 'novo emprego' a realidade seria bem diferente:

  • inadimplência
  • reclamações de clientes
  • alta rotatividade de funcionários
  • reclamações trabalhistas
  • endividamento
  • dificuldade de relacionamento com o franqueador
  • dedicação integral (inclusive em fins de semana e feriados)
  • sazonalidade
  • margem de lucro pequena
  • drástica diminuição da renda familiar
  • dificuldades operacionais, comerciais e administrativas...

Estas foram algumas das razões que fizeram com que o empresário iniciante logo percebesse que ser dono do próprio negócio é algo muito mais complexo do que poderia imaginar. Sem dinheiro algum e mergulhado em dívidas, João teve que fechar as portas da sua empresa apenas 18 meses após decidir passar para o outro lado da mesa. O sonho de se tornar independente e poder dedicar mais tempo para a família não chegou a acontecer.

Após meses enfrentando a depressão, João percebeu que não havia motivo para sentir vergonha e que a única saída era erguer a cabeça e recomeçar. Ele voltou a trabalhar na mesma empresa de antes.

Quatro anos após a experiência de ter o seu próprio negócio, João dá muito mais valor ao seu emprego e reconhece que foi através dele que conseguiu pagar suas dívidas e reorganizar a sua vida profissional e financeira.

A empreitada lhe rendeu um grande aprendizado. Por enquanto, voltar a empreender não está mais nos seus planos. Por enquanto... 

Fracasso é querer e não tentar!

A dor de fechar as portas do 'negócio dos sonhos' talvez só se compare com a da perda de alguém muito querido e igualmente leva muito tempo para ser superada. Por outro lado, é preciso reunir forças e seguir em frente, lembrando que os momentos difíceis nos ensinam muito.

Até a próxima!

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