Mesada: conheça os prós e contras desta prática
Diz o ditado que educação vem de casa. Melhor ainda se for Educação Financeira!
O simples hábito de conversar sobre dinheiro em família - além de quebrar um antigo tabu - influencia no modo com que os jovens irão administrar as suas finanças, por isso é importante que este assunto seja tratado numa linguagem simples e bastante objetiva. Neste contexto, a prática da mesada quase sempre vem à tona.
Afinal, os pais devem ou não dar mesada aos filhos?
Listamos alguns prós e contras que podem ajudar nesta decisão. Confira!
Aspectos Positivos
Adotar a prática da mesada é uma excelente maneira de educar os filhos financeiramente, pois desperta o interesse pelo controle financeiro e suas vantagens na vida de qualquer pessoa. Além disso, a mesada é um poderoso instrumento de conscientização sobre a importância do uso racional do dinheiro para a conquista de objetivos e realização dos sonhos.
A disciplina financeira proporcionada pela mesada contribui para o desenvolvimento dos hábitos de poupar e investir de forma planejada e ainda aperfeiçoa o senso crítico de valor ao associar o poder de compra ao sacrifício das economias.
Um ponto de vista interessante é que muitas famílias associam a mesada à meritocracia. Neste entendimento o pagamento fica condicionado ao cumprimento integral de um acordo entre pais e filhos que pode até prever 'penalidades', ou seja: desde a suspensão temporária até a interrupção definitiva da iniciativa. Esse envolvimento familiar para negociação e tomada de decisões conjuntas é sem dúvida um dos aspectos mais positivos da mesada.
Aspectos Negativos
Um aspecto negativo é quando a mesada causa dependência financeira. Não podemos esquecer que a mesada é uma ajuda de custos temporária e não uma fonte de renda vitalícia como muitos gostariam. Por este motivo é importante que as regras fiquem claras desde o início.
Também é desaconselhável que os valores sejam muito elevados, uma vez que o objetivo principal é didático e não tornar os filhos 'assalariados' da família. Sendo assim é fundamental que o valor seja definido em conjunto considerando a idade e as necessidades dos 'beneficiados' no sentido de evitar excessos, podendo ser ajustado quando necessário ou até mesmo suspenso em caso de dificuldades financeiras na família.
Por fim, cabe lembrar que quem dá mesada nunca deve fazer dela uma moeda de troca ou meio de reprimir ou controlar tudo aquilo que desaprova.
Dicas & Sugestões
Para aqueles pais que ainda têm dúvidas sugerimos:
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Iniciar com pequenos valores semanalmente, aumentando o intervalo entre os pagamentos na medida em que a maturidade de uso do dinheiro for se desenvolvendo;
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Valorizar todas as conquistas: desde a compra de um brinquedo com o uso das economias até o recebimento de juros/dividendos de um investimento, tudo deve ser celebrado;
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Evitar dar presentes fora de época e de valores desproporcionais à mesada, pois isto desestimula o hábito de poupar;
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Permanecer atentos ao uso do dinheiro, afinal a ideia é contribuir para o bem da família e não causar problemas;
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Participar da gestão do dinheiro orientando e auxiliando os filhos a poupar, investir e a evitar dívidas.
Como vimos até aqui, via de regra a mesada é uma prática muito positiva e que - quando usada da maneira correta e com responsabilidade - torna-se um poderoso instrumento de Educação Financeira, além de favorecer a convívio e o diálogo em família.
Vale a pena experimentar!
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