Independência Financeira: mitos e verdades
Recentemente recebi um e-mail de um leitor perguntando se quem é funcionário público pode ser considerado financeiramente independente. A resposta pode parecer simples, mas depende de algumas considerações.
ESTAR é diferente de SER
Primeiro, precisamos entender o que significa ser financeiramente independente.
Muitas pessoas se consideram financeiramente independentes por receberem salários superiores a sua média mensal de despesas, mas não é bem assim. É preciso analisar também se esta condição é temporária ou definitiva, bem como qual a representatividade da renda ativa (salário) no total de receitas.
Por exemplo:
Alguém só será financeiramente independente caso consiga manter as contas em dia para sempre sem depender de salário (renda ativa). Enquanto isso não ocorrer não há independência financeira.
Independência Financeira por Definição
É quando a soma das nossas receitas (passiva + portfólio) é superior ao custo fixo mensal médio de forma vitalícia. Isso significa que a renda ativa (aquela que depende da atividade profissional) assume caráter de receita complementar e, portanto, se torna opcional.
De forma bastante simplificada esse conceito pode ser expresso pela seguinte equação:
Esta relação nos permite dizer que - mesmo que uma pessoa perca o seu emprego e fique sem salário (renda ativa) - suas demais fontes de renda (passiva e portfólio) serão suficientes para manter o seu estilo de vida para sempre.
Obviamente que fatores como a inflação, aumento do custo de vida, longevidade, perda do poder aquisitivo, etc, também precisam ser analisados. Entretanto, tecnicamente é possível considerar alguém nestas condições financeiramente independente, qualquer que seja a sua atividade profissional.
Por fim, é sempre bom lembrar que não basta apenas gastar menos do que se recebe. É fundamental saber multiplicar as economias. Mas sobre isso conversaremos em outras oportunidades.
Bons investimentos!
